segunda-feira, 27 de novembro de 2017

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No lençol azul escuro
Brilha
Uma faísca
Uma lembrança dos teus olhos
Uma vez em conversa com as estrelas
Me vi sonhando por algo
Um amor tão velho quanto elas
Em um corte pelo céu
Pedi a Candente algo do qual
Meu coração pudesse transbordar
Tão fiel em cumprir
Clareou meus olhos
Com um sorriso estrondeante
Cheirando a madeira
Revestido de outono
Com tuas folhas voando ao vendo
Tirou-me para bailar
Em palavras doces, toques elétricos, silêncios carregados de promessas
Algo lá dentro do peito, se fez tremer
O vulcão entrou em erupção
Transbordou  
Deixando assim
A calamidade por toda parte
O sentimento de pertencimento
A aquele sentimento
Desfez
A outra estação logo vem
As folhas caem
As árvores secas
O último toque
O vento sobre minha pele me à carência
Arde em cada palavra dura moldada em veludo
Não podemos dar o luxo de ter algo
Palpável como a estação que vem
Com promessas e sabor de saudade
Já não vejo as cores douras que me cercava 

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