sábado, 27 de dezembro de 2014

Vago;

Gritos de dor
Vago dentro do amor
Mundos no submundo
Vago na lembrança ilusória
De alguém para se ter ao lado
Contar piadas e dar gargalhadas
Fazer moradia
Nos dias de sorrisos
Tristes e alegres
Tanto faz...
Por tanto que seja meu
O teu sorriso vago
E que seja teu
O meu riso desesperado 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Velho Amor;

Em teu coração de pedra 
Pintei a minha cor 
Seus tons frios 
Aqueci com meu calor 
Na sua solidão 
Fiz meu abrigo
Não vi nenhum perigo 
Só senti
A dor de não ter amor 
Mudo!
Teu coração de pedra 
Amei com todo fervor 
Desmoronei! 
O que antes era pedra 
Aqueceu, derreteu 
Me banhei com as tuas tintas 
Me fiz para você 
Nós unir 
E assim nasceu 
Aquele velho amor 

Para o dia não ser vago;



De dia a felicidade bate na porta
É esperada a hora
Para o dia não ser vago

Ser enfeitado,
Com as suas risadas
Com seus olhares
Com seus gestos
Com o nosso amor... 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Venha vê;

Amor, acorda...
Venha vê o lindo dia que está se abrindo
Venha ser testemunha do espetáculo que os pássaros prepararam para você
Só para você sorrir!
Venha amor,
Sentir a energia do sol pulsar na pele
O coração bater de tanto amor
Venha, escutar o canto do vento...
Cantarolando as mais belas notas de amor .
Venha respirar o novo dia,
Meu amor !  

*A vida é tão mais vida de manhã , quando eu te vejo, é. Saiba que você é meu sol * Vanguart

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Triangulo;

O corpo. A mente. A alma  
A vida se faz no respirar
Se desfaz em um suspiro
Doce encantar

Triangulo nós orienta
Liga os três mundos
Dos sentidos e sentimentos
Se faz a roda do viver
Pra onde vai isso tudo?

Presente. Passado. Futuro.
Onde cabe tantas lembranças?
O que te faz ser pensante?
O que a vida te trás?

Te leva para todos os lados
Você se encanta em cada abraço
Todos os mundos
Todas as poeiras se desfaz
A foice cortou o fio de prata
Desfez assim....
O corpo. A mente. Mas não a alma.

Ser;

Corpo. Mente. Alma
Ser do ser
Simples fato de ser
O próprio ser de si
Sozinho em teu leito
Puro abandono
Mascaras caídas
Mentes vazias de pensamentos
Próprios
Únicos, unidos, humildes

Ser sentimental
Descrente do amor
Crente da dor
Doar um pouco de si
Dar-se tudo de ti
Ser não gosta de ser assim
Só quando convém
Se for um ser do bem
Tem que ser simples
Um simples ser

Ser pensante
Milhões de ideias
Sociedade julga
Colocam grades
As ideias vazam
O ser pensante
Escorre pelas mãos
Desacreditado de ser
O ser para de ser

Ser o ser,
Injustiça prevalece na justiça
Egoísta
Bate o martelo
Despedaça o ser
Cacos de cristais

Egoísmo!
O ser que pensa em si só
Ficou só
Sobrou amor, sobrou dor, sobrou cacos
Sobrou ser....
Faltou ser, o único ser
Ser é ser, o ser dentro de
VOCÊ! 

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Metades por Metades ( Outro );


Vidas pelas metades.

Quando viram-se, colou.
Somos um. definiram.

Sempre soubemos fazer algo legal
Com as metades que dávamos.

Porém, não sou um ser que gosta de metades
Só sei manuseá-las pra fins pro meu próprio bem
E quem sabe até pro nosso bem.
Porque se juntássemos, eu iria acabar me tornando
Você.

Você me faz bem.
Mesmo que seja nas metades de ser.

Te fiz bem? Então meu bem, não faço mais?
Acho que as metades acabou-se.
Foram tantas metades, que perderam-se do conjunto do ser...

Você me faz e fez bem,
Meu bem!
Não estou falando que a metade era você
Mas meu coração que só podia amar a metade das metades...

Então você e nem eu, não fez.
Não nós demos, não fomos nós...
Fomos apenas metades de nós, amando outras metades perdidas

Não, não é isso, apenas aconteceu.
 As coisas tem que ser só do modo que é
Ou são apenas consequências do que se escolheu

Enfim, meu coração e teu por metade e um fragmento do seu
É meu.

Se for um fragmento é boa parte dele.

Pois é um dos maiores.

*Texto original http://lagartazulina.blogspot.com.br/ *

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Flor do Amor;

Amor,
Dor que não sara
Magoa da alma
Ferida aberta
Força vital derramada
Sentimento cadê?
Escondem-se no vazio do ser
Sentidos não sentidos

Dor do amor
Dó do ser
Dó do amor
Dó da alma

Que tem a ferida não só no peito
Coração...
Mundo dos sentidos
Dos sentimentos
Mudo, surdo e cego
Mas, com os sentidos a flor da pele.

Na pele nasce a flor
Flor que queima
Flor que dá origem há outras flores

Jardim dos sentimentos
Sentimentos tão íntimos
Tão inconscientes do próprio terreno
Terreno tão descrente de amor

Alma sente
Semente do afeto
Floresce com amor
E com o mesmo amor, desfloresce o afeto
Em pétalas tão cinzentas...
A alma teme só de pensar
Na dor causada pelo
Amor!

sábado, 30 de agosto de 2014

Só quero;

Só quero
Um sorriso verdadeiro
Logo pela manhã

Um beijo de paz
Lá pelo meio dia

Um abraço caloroso
Pelo inicio da tarde

E quando cair a noite
Quero apenas

Um olhar acolhedor
Com um chá quente
Junto com um cadinho
De afeição 

sábado, 23 de agosto de 2014

Desejo;

Atração do corpo
Fantasia da mente
Quem jura mente
Jura das almas
Amor para sempre
O fim já vem
Vontade da carne
Até aonde vai tua resistência
Do corpo. Da alma. Da mente.
Dedos, línguas, pele, intimo  
Olfato, paladar, tato, audição
Tudo faz parte da arte do ser
Ser de outro
Ser de si
Ser do universo
Onde encontra tanto ser?
Querendo ser do outro ser
Querendo ser o que não é
Sendo o desejo dele
Desejo do intimo
Sendo o que é
Sendo atração do desejo
Desejo daquele medo antigo
O frio na barriga
Borboletas batem as asas
Debatam-se!
Gerando a explosão!
Vomita o puro desejo!
Sai pela boca, pelos olhos, pelo intimo
Pelo gozo!
Borboletas mortas pelo sobro
Ato consumado

***Teus lábios são labirintos, que atraem os meus instintos mais sacanas. O teu olhar sempre distante, sempre me engana. Eu entro sempre na tua dança de cigana***

domingo, 17 de agosto de 2014

Desejo do Medo;

Desejo do medo
Medo do desejado
Esconde o desejo
Pulsa no intimo
Incha, escorre e derrama
Desmancha de suor
Na cama, na lama, nos lençóis

Medo, corrói o estômago
Rói a unha, dente até na mente
Consciência destrói
Inconsciente do desejo

Vontade da carne
Carma da alma
Vontade louca, doída
Deixando a alma doida
Maluca querendo prazer
Vontade avassaladora
De dá até o intimo
Do segundo tempo

Medo do desejo
Desejo do medo
Sorriso gostoso
Incha os lábios
Cresce o desejo
Lábios pra que te queiro
Sorrisos abertos de desejos
Pelo medo 

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Terminou;

O dia raiou
Sem mais nem menos
Sem menos e nem mais
A vida se desfaz
Em um piscar
E um soar
Em um cacarejo
Olhos coloridos, brilhantes em meio a tantas mentes
Inquietas e quietas
Inconscientes e conscientes
Inconsequente das consequências
Cadê as maravilhas da mente?
Círculos dentro do ciclo
E a roda vai seguindo teu caminho
O rato preso pede socorro
A morte chega
Adeus!
Sem menos e muito menos, sem mais.
A noite se fez

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Vem cá;

Vem cá, meu bem
Deixa eu te mimar e amar
Até o dia clarear
Dizer as minhas teorias sobre nossas almas
Sobre os nossos nós

Vem cá, não precisa dizer nada
Fique aqui pertinho calada
Teu silencio sincronizado com o meu, me acalma
Na cama, que a gente tanto ama

Vem cá, pequena amada
Se não tem nada a falar
Vem me amar

Daquele nosso jeito louco e intenso 

terça-feira, 29 de julho de 2014

Seria;

Se o mundo terminasse hoje
Seria eu o homem mais feliz do mundo
Pude contemplar cada amanhecer ao teu lado
Cada raiar de sol do teu sorriso
Cada estrela oculta no teu olhar

Se o mundo terminasse hoje
Seria eu o homem mais infeliz do mundo
Iria deixar minha pequena a ver navios
A caminhar por trilhos, dos quais não estarei por lá
Deixaria minha menina tomar teu café sozinha...
Amargo!

Se o mundo terminasse hoje
Seria eu o homem mais feliz do mundo
Amei com tanta intensidade aquele corpo pequeno
Amei de verdade, aquela doce morena

Se eu partir hoje,
Seria um homem amaldiçoado
Por ter deixado os braços daquela morena
Por ter deixado aqueles cachos ao vento
Por ter deixado teu ventre ao relento

Ah, se o mundo terminasse hoje
Seria eu o homem mais sortudo do mundo
Fui abençoado com o maior tesouro dos sete mares
Tive o amor, daquela pequena

Seria eu um homem maldito
Por não ter dado valor no amor
Amor, tão intenso e seguro
Amor, que não encontra todo dia
E que em um simples ato, descartei

Seria eu, um homem de sorte
Por ter nos braços, o amor da minha vida
Por ter nos lençóis, a minha doce mulher
Por ter em meu peito, o amor daquela mulher

Seria eu um homem amaldiçoado e maldito
Cairia sobre mim as sete pragas do Egito
Se um dia eu deixar de amar essa mulher
Se um dia eu ousar a deixa-la ou ao menos pensar
Se um dia eu parar de lutar pelo amor dela 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Coração Azul;

Nas estrelinhas do céu
Jurei o meu amor fiel
Pitei em um papel
Um coração azul
Da cor daquele mar
Tão lindo de se olhar

Aquele coração azulado
Dei a ti de presente
Tu me fitou com aquele olhar de serpente
De quem consegue tudo pra si
E que tem tudo de mim

De baixo daquele céu tão azul
Com meu coração em tuas mãos
E os pássaros cantando
Soube, que o universo estava nós favorecendo
Com um amor tão intenso 

terça-feira, 22 de julho de 2014

Faz tempo;

     Há tempos que não escrevo, não sei por qual motivo. Algo dentro de mim grita: - Preguiça! 
É, acho que esse ser que gritou está certo, é só uma preguicinha junto com o cansaço do dia-a-dia. Ás vezes o medo de perder o “dom” dá escrita me preenche, fico sem o que imaginar e muito menos o que pensar. Então revolvi dotar um novo método pros meus “escritos”, o modo de soltar o que vem na cabeça, e puf, está lá, algo para ler e pensar.  

Faz tempo que não escrevo algo
Faz tempo que não sinto algo diferente
Faz tempo que a vida não muda

Hoje me bateu saudade do que não foi
Do que fui e do que serei
Difícil é explicar de verdade como é essa saudade
O mundo parece não girar
Mas gira em torno de mim
E eu sem girar em torno de si

E aquela menina que um dia eu vi crescer
Está se tornando uma mulher
Ela não sabe o que quer
Mas quer tudo pra si
Principalmente ela mesma
Estranho seria, se a maestria dessa guria se perdesse

Faz tempo que ela é a mesma
Faz tempo que os sentimentos preenche-a por inteiro
Faz tempo, desde o último beijo 

terça-feira, 1 de julho de 2014

Pensamento;

               A partir do momento em que o ser humano toma consciência de que ele pode amar outro ser, ele ama pra valer. O amor é consciente, escolhemos quem amamos, logo, isso faz com que o amor seja verdadeiro, não uma coisa banal, pois o ser que ama sabe que ele existe o sentimento amor, por mais estranho e complexo que o mesmo possa ser. Se for uma forma de amor ou uma forma de afeto, é valido contando que seja consciente. 

Você;

Alegra-me muito saber
Que você corresponde o amor que sinto por você
Alegra-me muito o coração
Quando vejo teu sorriso ao me ver
Enche-me o peito de felicidade
Quando tu ri das besteiras que falo
Enche-me os pulmões de ar
Quando tu pronuncia aquelas três palavras
Dá vontade de viver, vontade de cantar, sorrir e alegrar
Esquenta-me o corpo
Quando tu se enrosca em mim, sem meio e muito menos fim
Esquenta-me os instintos
Quando tu vem com aquelas intenções, que só cabe entre quadro paredes
Acalma-me o ser
Quando você direciona o olhar em minha direção
E sinto que é você, o meu porto seguro
Meu mundo, meu meio e meu fim

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Conto Um - Meu espelho;

A criança que se contentava com pouco, foi crescendo em teu mundo
Mundo grandioso, fantasioso, acolhedor
Ao mesmo tempo mundo que era oprimido
Pessoas tentavam entrar, penetrar aquela membrana que separava
Os mundos!

Ah! Como era feliz aquela menina
De baixo daquela cascata de molas, ria da vida
Mas se enganava quem achava que ela brincava sozinha
Nem consigo imaginar, com quem ela tanto brincava e sorria
Sorrisos dos frouxos, largos e encantadores

Aquela menina viajava para tantos mundos
Sabia de coisas inexplicáveis e inimagináveis
Tinha cada ideia mirabolante que até assustava
Pregava sobre o universo, o mundo, o espaço e o cosmo
Não sabia o nome de tudo, mas sabia a definição de tudo
Do todo.

Quando algum ser humano em vida se aproximava
A menina ficava acanhada, meio desajeitada
Não gostava de como eles agiam, tudo em uma mesma linha
Ficava observando, quando eles ficavam aglomerados em um mesmo canto
Não entendia muito bem, o motivo pelo qual eles ainda existiam
Mas sabia que no fundo algum dia ela iria ter que saber lidar com eles
Saber conviver com eles e enfim, aceita-los como irmãos
- Não gosto dessa raça, eles fedem e são imperfeitos.
Dizia aquela cabeluda cheia de si

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Somos;

E bom ficar parado e vendo o mundo girar
Vidas, universos, dimensões, seres e tal
E você vivendo o pensamento deles
Vivendo o que eles não sentem
E o que eles sentem
Por que você está pensando neles
Você está neles
Somos uma teia, um conectado ao outro
Somos nós, somos sós
Nos lenções da vida 

Só um;

O mundo gira, você puxa
O mundo para, você fica lento
O mundo morto, sufoca com a fumaça

Com o calor da atmosfera.
Aqueceu!
Em um click, explodiu!

Neurônios são massacrados,
Neurônios nocauteados
Neurônios a flor da pele

Você solta, o mundo volta
Dá voltas em si e voltas externas
Tranquilas, calmas, relaxadas
Viaja pra dentro de si

O que há em ti?
O que foi, já foi e nem volta para se despedir
Agora, relaxa e deixa a onda te levar
Surfa nesse mar de pensamentos 

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Afetuoso;

Nunca fui de muitos amigos
Sempre fui muito na minha
Porém, levava uma certa alegria para cada dia
Para cada pessoa que eu convivia
Ou conhecia, de relance, por um momento

Mostrava-lhes meu sorriso, minha sinceridade
Um afeto no olhar, um abraço amigo

Nunca mostrei-lhes meu ser tristonho, choroso e amargurado
Queria que eles lembra-se de mim,
Pelo ser feliz que momentos em momentos insistia em aparecer

Depois de um certo tempo compreendi o motivo
O mundo é carente de tudo
Afeto principalmente,
Qualquer gesto de carinho e alegria
A partir daquele momento abracei aquele meu ser afetuoso /digamos assim

Hoje não sou de muitos amigos
Sou de muito coleguismo
Sou de muitos momentos felizes

Hoje posso não ter muitos amigos
Mas os que conquistei com o Afetuoso,
Aceitou o meu Tristonho

Hoje sou lembrada como,
Aquela menina desregulada
Sinto o sorriso de cada coleguinha que tive

Não sou muito de amizade
Sou muito de coleguismo
Desconhecidos...
Gosto deles, gosto de sair por ai
Plantando a sementinha do Afetuoso
Em cada ser que passa pelo meu caminho

Faço isso,
É um modo de acalmar
Meu coração

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Coração Tartaruga Dois;

O meu coração de tartaruga
Vai te amando na velocidade da lua
Se transformando
E renovando o amor
Que há em mim
Há em ti
Há em nós
O mundo é pra nós
Amor, não se zanga tanto assim
Sou tua, nua e crua
Na tua.
Desfaço-me toda só para ti agradar
Para adaptar-me em ti
Fazendo assim, o nosso amor sem fim
Será eterno enquanto o cosmo existir
Amor ouça as vozes dizendo
O amor que transforma o mundo é todo nosso
Não há pecado, não há dó, não há preconceito
Há benção, há felicidade, há luz, há paz
Há apenas Amor,
Amor, nesse meu pequeno coração de tartaruga. 


quarta-feira, 23 de abril de 2014

Linha;

As grades do sistema me têm
Detém-me...
Lá de dentro, o meu lamento é estrondoso
Aqui fora, ninguém me ouve

O mundo me ignora
Peço socorro, o mundo não me ouve

O universo aflora
A flor murcha e a esperança ressurgem
Indivíduos alinham-se, agitam-se
Andam em círculos, só com cabeças
Pensamentos mortos...

Há uma flor murcha em cada pé
Falecidos estão, mortos vivos

O eu de cada dia, que morre a cada hora
Que a minha fé o tenha

Aqui, desse lado da grade
Vejo-os como são
Alienados em uma linha torta
Alienados em linha reta, iguais
Se comportando como animais
Dizem que são racionais
Não vejo isso nesses animais

O mundo é composto por eles
E eles deixam-se ser dominados
Uns pelos outros, aonde foi para isso?

Reza a lenda que Eras eles passaram
Talvez essa seja uma Era
A Era da alienação

Corvos anunciam,
É chegada à hora, é chegada à hora do início do fim.

E perguntam:
- E ai, alienado, de qual lado tu estarás? Na linha reta ou na torta? 

terça-feira, 22 de abril de 2014

Sujeito;

E hoje quando acordei, olhei-me no espelho
Vi um sujeito despenteado, mal humorado
Encarava-me a fuça
Com uma sobrancelha erguida,
Analisava-me o rosto, o corpo, a alma

Olhei naqueles olhos castanhos escuros,
Com pupilas dilatadas
Ele olhou em meus olhos castanhos escuros
Com pupilas dilatadas

Em um momento pensei,
Este sujeito é quem?
Com um sorriso de canto, debochado
Fitou-me e disse:
- Oras não me reconhece? Sou aquele que habitas em ti, Doce menina.
Minha expressão que antes era seria,
Foi preenchida com um sorriso irônico, contudo feliz.
Ali dentro que era angustia e dor,
Foi preenchido com a felicidade, amor e luz.
- Oras meu caro jovem. Tu ainda vives?
Com o mesmo sorriso sarcástico, respondeu-me:
- Sempre vivi e viverei em ti, minha nobre criança. Pois você se deu a mim e eu dei-me a ti.
Sorri, e ele continuou:
- Porém, tive que me mostrar hoje, você precisa ir atrás daquilo que desejas. Vá à luta minha menina, que tudo que tu quiseres a de ser seu. Acorda e luta.

Uma lagrima escorreu pelo olho castanho,
Já não sabia antes quem eu era,
E ele quebrando barreiras veio até a mim e lembrou-me.
O sujeito sumiu do espelho,
No meio de pensamentos agradeci,
Sei que pode me ouvir,
Obrigada por não desistir de mim,
Seguirei o caminho, pois eu sou você e você é eu.
Onde era oco, foi preenchido com a fé,
A fé que me salvou e é pela fé que eu irei.
Eu fui, eu sou e eu sempre serei,
Um Anjo Caído.

Preço;

Nada é tudo
E o mundo se tornou um tudo
Um tolo, uma tola é isso que me tornei

Desde que dei minha cara pra bater
Tudo que apareceu,
Desapareceu com o meu ser
A grade do sistema me tem
Prende aquele alguém
                 Que um dia eu fui,                
Que sou e que serei

Quem sabe qualquer dia
O universo conspira ao meu favor
E eu seja liberta dessa dor

O ter se sobre sai do ser
Tudo é vendido
Tudo tem preço
Tudo é valido

Qual é o seu preço?
Sua alma está à venda?
Pra quem você venderá sua cabeça?
Qual é o preço do teu corpo?
Tua carne tem preço?
Já vendeu teus desejos?
Qual é o preço da tua beleza?

Até quando a validade irá  
Ser cobrada, ser exigida, ser do ter

Minutos se passam
Cada hora marcada
É um marco no tempo
Na carne, na alma

O tempo tem preço
O preço que paga é o individuo
Com teu próprio tempo

Pago o tempo com a minha vida, 
Pago a minha vida com a minha alma.

Qual é o valor do seu tempo?
O tempo é tudo

E tudo é nada. 

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Seu Sorriso;

Já te disse o quanto teu sorriso é belo?
O quanto ele diz de ti?
O quanto ele condiz com a minha cara boba?
 
Não sei o que há em ti
Desperta em mim uma vontade intensa
Dolorosa e prazerosa
 
O mundo parece girar em torno de ti
Quando tu alinha os lábios, em um perfeito sorriso
Ou quando sorri, de modo acanhado, desavergonhado
 
Não sei o que há em ti
Desperta em mim uma vontade de
Lançar-me em teus braços, sem paraquedas
 
Seria pecado, um ato apaixonado do meio do mundo?
É errado o que sinto?
É excitação, não minto, sinto, gosto e aprovo.
 
Não sei o que há em ti
Desperta em mim uma vontade imensa
De entrega-me sem aviso e nem data marcada
 
Desculpa-me, mas sou viciada em sorrisos
Não minto, mas o seu pegou-me, laçou-me e não quer me soltar
Hipnotiza é como estou
Virei uma dependente do teu sorriso,
Amor.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Descobrir;

Em ti descobri o verbo amar,
Amei, amo e amarei você
O amar dá dor, o amar do simples amor

Em ti descobri o meu inicio,
Há um pedaço de mim em ti,
Há um eu sem fim, um eu em ti  

Em ti, descobri uma razão de existir,
De resistir à vida
Lutar diariamente com os leões

Em ti descobri a pessoa certa pra ter filhos,
Um lar, cachorro, peixes e um mar de aconchego
Passear no parque, deitar na rede, viajar

Em ti descobri a batata frita do meu strogonoff
O limão da minha coca-cola, a verdura do meu almoço
A vitamina no café da manhã, meu açaí da tarde

Em ti descobri a dependência
Teu amor virou a base da minha coragem

Em ti descobri um mundo colorido,
Onde não há o que temer,
E que tudo pode acontecer.

Pequena minha,
Agradeço todo dia,

Por ter encontrado você.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Amor;

Amor,
Desde que você chegou
O meu mundo mudou de cor
Segui o arco-íris
E no fim, tu estavas lá
Pronta para receber-me 
Dar-se para mim
Meu tesouro,
Em fim, encontrei você
Agora meu mundo tem as tuas cores.

Amor,
Desde que fiz de ti
Minha moradia,
Meu dia-a-dia tem sido só alegria
Tu fazes de cada dia,
Ser algo encantador,
Apaixonada é como estou,
Não existe mais essa monotonia
Só existe você, eu e nosso amor.

Amor,
Desde que olhei em teus olhos,
Descobrir o Amor verdadeiro,
Aquele do qual os poetas tanto se queixam
Agora sei o significado do clichê
A pureza do viver
Que está presente em cada gesto demonstrado
Tu me alimentas todo dia
Com esse amor puro, seguro e gostoso
Na escuridão dos teus olhos,
Encontrei um motivo para viver

Amor,
Desde que nós amamos
Nós tornamos uma
Nós juntamos
E fizemos um nó
De nós duas

Quarta-feira;

Esqueci de ti falar
Que senti sua falta na quarta
A sala ficou sem graça
E ao meu lado não havia alegria
Daquele sorriso fácil
Da gargalhada engraçada que você dá
Que é tão gostosa de escutar

A feira ficou vazia
Teu carro não estava estacionado
Não queria demonstrar
Mas estava com semblante chateado
Encontrava-me triste 

Só algo poderia me fazer feliz naquela quarta-feira sem graça
Era teu olhar faceiro
E teu sorriso festeiro,
Que me acolhe com tanta ternura


quinta-feira, 27 de março de 2014

A(mar);

O dia está nostálgico, frio e depressivo.
Trazendo lembranças dos amores perdidos 
Lembranças dos amores esquecidos 
E dos amores tão queridos...

O frio preenche meu intimo,
Queima meus sentidos, 
Entorpece meu vicio, 
Congela a carne e no peito 
O coração sofrido, ainda recorda os antigos, 
Amores paralisados. 

O frio rompe o laço, 
O abraço materno, 
Lagrimas negra escorre pela face,
Coração em pedaços pede socorro, 
Lembra do gosto daquele colo, 
O colo querido, 
O laço de ouro foi partido, 
E nas canções de ninar, 
Recorda lembranças de duas almas 
Que se amam

Queria eu, ficar a beira mar com aquele olhar de menina,
De quem pode velejar no amor sem nenhum rancor,
O mar, do amor que traza dor
De um grande amor.